Falar de amor é um cliché; talvez porque somos movidos a isso: a tal paixão que nos consome e o amor que faz com que culpemos as leis de Newton pelas atrações e campos gravitacionais que nos atraem constantemente e, muitas vezes, para aquilo que queremos longe de nós.
O engraçado é que "something always brings me back to u and never takes to long". Vejo-te passar, pareces-me diferente, não és o mesmo que eu conheci ou se calhar a visão alterada pelo o amor que tinha por ti fez com que visse em ti algo diferente, não eras tu, era a minha projeção de ti. O teu sorriso despedaça-me, a tua voz faz-me estremecer, a tua presença causa o inesperado e como não sou daquelas pessoas que lida bem com o vazio, tudo isso me faz pensar.
Penso em como o tempo corre e nós nem o vemos, penso na felicidade que me transmitias e penso que tu, apesar de seres o meu "deu errado", tu vais certo o "perfect fit" de alguma rapariga que talvez nem tenhas conhecido. Tu eras o sol, o apogeu da minha vida, o meu "one and only". E descobri que talvez por tudo ter acabado, que o vazio é o pior dos sentimentos: Sinto que nunca mais vou conseguir ser quem fui, antes ou depois de ti, pois tal como tu, eu mudei, não sou a mesma menina, não sou a mesma criança que acredita nos contos de fadas, no amor e em "soulmates". Eu não sou a mesma, não sei se é bom ou mau, não sei se era melhor quando me querias ou se é melhor não me quereres. Não sei o que é bom para mim. Mas não te pertenço, não pertenço ao teu alegre mundo, à tua "utopia". E cada vez que passas e que desvias o olhar, cada vez que nos ignoramos como se nunca tivéssemos falado na vida, dói e é como se tivesse que juntar outra vez tudo aquilo que destruíste em mim.
Talvez como eu já disse, "A vida sem ou depois do amor não faz sentido porque acreditares nisso é teres um conforto para quando caíres, teres onde te apoiar, a questão é que o amor só escolhe quem não tem medo de cair.", e a queda continua a ser cada vez maior, porque o amor que possa vir a sentir por alguém nunca se vai comparar ao nosso, às nossas chamadas, às tuas expressões... Mas estou farta de falar de amor, de ser mais uma "heart-broken girl", aquela que tu pensas que ainda tens...
Contudo, "não temos já nada para dar. Dentro de ti, não há nada que me peça água. O passado é inútil como um trapo. E já te disse: as palavras estão gastas. Adeus."
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