sexta-feira, 28 de março de 2014

it's you, it's you, it's all for you.

''Sei lá, queria que você soubesse que é você. Quando eu vou atualizar algum amigo dos meus fracassos amorosos e digo "ah, nem liguei, ele era meio vazio. Queria mesmo era... você sabe, né?". E eles sabem, sempre sabem que é você. Queria que você soubesse também. Que quando eu me pego idealizando muito "a pessoa certa" e torço o nariz pra mim, me achando exigente demais, penso que não queria mudar nadica de nada em você e sorrio, com saudade. Queria te dizer o quanto tudo que você disse ficou guardado em mim, marcado fundo, mesmo que eu tivesse ouvido tão calada. Mesmo sem ter respondido à altura. Foi só medo de falar demais e atropelar tudo, como sempre. Você nem imagina, mas é você, eu juro. Queria que soubesse do tanto que eu já escrevi, sobre você e pra você, mas nunca te enviei nem uma frase. Quando eu deixo a imaginação solta e me pego sonhando com programinhas bobos/românticos, vendo a lua de um lugar bonito com alguém, você é esse alguém. Eu acho que esse é o ridículo da vida, nunca saber a dimensão do espaço que a gente ocupa na vida dos outros, porque ninguém conta pra gente. Com medo de a gente fugir. E, ás vezes, a gente só quer (tanto) ficar. Tudo isso porque, em alguma esquina do caminho, a gente aprende, com a dor, que falar o que sente pode não ser a opção mais inteligente. E, a partir de então, a gente acaba meio burro. Empancado, batendo pé e cabeça. Complicando e dificultando o que já não é simples por natureza. Querendo dominar o que sente, o que o outro pensa, o que o destino planejou. Não é de hoje que o homem tem essa mania besta de entender e controlar o mundo. A gente acaba esquecendo que, na vida, o bom mesmo é se entregar. A gente sempre fica de marcar qualquer coisa e nunca marca, então vamos fazer melhor! Vamos fazer uma história e marcar duas vidas. Tô pronta. Passa aqui pra me buscar?''

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