Sabes quantas vezes já te escrevi inúmeros textos, mas nunca te mandei ou publiquei? E que de vez em quando me apetecia ouvir a tua voz, mas nunca tive coragem de te ligar? Sabes quantas vezes eu chorei a olhar para a tua foto?! Não, isso passa-te ao lado, tal como eu. E os dias correm e vejo que nada muda, nada muda em ti, mas em mim mudará.
Eu sei que é para a frente o caminho, que a vida não acabou, que fui só mais uma, mas é muito difícil acreditar nisso, principalmente quando passo por ti e vejo que tudo está bem contigo. Instantaneamente fico bem e tento dar
E choro por ti como se te amasse, mas eu não amo nem nunca amei. Só fazes falta,
Ando com um humor de cão aqui em casa, porque por incrível que pareça é aqui que eu penso mais em ti, é quando recebo uma mensagem que penso que poderás ser tu e me desiludo, porque nunca te lembras de mim, e pergunto-me porque é que é tão fácil para ti? Fui e sou assim tão indiferente e insignificante?! Não te preocupes, já sei a resposta. Tento enganar-me a mim mesma, dizer que amanhã vai ser mais fácil e que já me vou habituar mais às saudades que crescem em mim, mas todos os dias sei que estou enganada, sei que és único e que nunca vou sentir algo tão genuíno e uma ligação tão forte com ninguém, porque há sempre algo que me leva a ti... As músicas, o cheiro a caramelo no pescoço, o sorriso maroto, o olhar provocante, as nossas conversas sem sentido mas que sabiam tão bem, sinto a tua falta desde aquele dia, desde o último dia que te vi e que vim embora. Agora és mais independente do que no ano passado, agora não te afeto, faço parte da mobília do colégio e tiveste sorte em não ter uma chata como eu na tua vida, tens razão, sou mesmo uma porcaria. E as lágrimas não param de escorrer. Porque é que sou só eu que sinto a tua falta?!
Preciso tão desesperadamente de ti, da tua presença, do teu respirar no meu ouvido, preciso de sentir a segurança que os teus braços me proporcionaram, preciso de me sentir viva como tu me fizeste sentir. Tu não tens noção do quanto eu te admiro e te tenho em consideração; a verdade é que não merecias e tu sabes disso, mas eu queria tanto que confiasses em mim e visses tudo aquilo que eu vejo em ti, em mim. Mas sei que não é possível e não te posso pedir tal coisa. Contudo, sinto uma necessidade gigante de te abraçar, de te cheirar, de te ter perto, de te ter comigo, de me pertenceres e de te pertencer, mas sei que não é isso que desejas.
Sei que achas que a distância ajudará, mas não; há dias em que a felicidade extravasa todos os meus limites sem razão aparente e outros em que o meu outfit é a combinação de um par de olheiras e de uma depressão; não será nada fácil e o pior é a minha mente relembrar-se todos os dias de ti. Só espero que Freud tenha razão e que a repressão mental exista e, tudo aquilo que me magoa e que eu não quero pensar, passe do consciente para o inconsciente e aí, nada me afetará, será como se me tivessem desligado os sentimentos.
Agora nem falar contigo, eu posso. E dói, magoa e perfura cada vez mais tudo o que resta, deixaste-me vazia e tudo me faz lembrar de ti, de uma das melhores pessoas da minha vida, mas que eu perdi. Tenho pena, porque adoro-te do fundinho do meu coração até ao teu.
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