quarta-feira, 6 de novembro de 2013

And I don't know why it's difficult to admit that i miss you, and i dont know why we argue, and i just hope that you listen.

Não vou começar com um hipócrita "Olá, como tens estado?", porque eu sei como tens estado, eu vejo o teu estado e devo, em primeiro lugar, dar-te os parabéns por tudo aquilo em que te tornaste desde o ano passado. A mudança foi gradual, mas devo dizer que gostava mais do teu "eu" antigo, da altura em que eras somente um rapaz introvertido mas ao mesmo tempo saído da casca. Tenho saudades de te desejar boa sorte aos sábados, de falar contigo nem que fosse para discutirmos sobre alguma coisa, tenho saudades dos dias em que estava triste e tu me alegravas, de quando disseste que eu era linda e que não era gorda, quando te lembravas de mim. Tenho saudades de pertencer ao teu mundo. E quando falas, mesmo sendo para outra pessoas, eu estremeço, evito-te, quero fugir dali para não recair...
A verdade é que eu tenho saudades tuas, sendo que o pior da saudade é quando a pessoa está ao teu lado e fingem que não se conhecem. Quero falar contigo, quero que vás aos AM comigo, quero que estejas na minha vida, que não fiques com ela, que sejamos amigos. Contudo, sei que é difícil, nós sempre fomos complicados e tu eras a minha complicação favorita, fui ver as nossas conversas desde de Maio, tanto no face como no telemóvel, pergunto-me só se podemos voltar a trás e recriar este final...
Mas ao contrário do que dizes, eu nunca errei contigo, fui sempre sincera, a questão é que exagerei, que me passei, mas tu foste tão, mas tão otário que me apetecia espancar-te. Tu não sabes o quanto eu chorei enquanto te escrevi aquele testamento, o quão mal fiquei por saber que para ti sou indiferente, que não tens saudades minhas, que era um apêndice. Isso doeu. Muito. Portanto, eu não vou pedir desculpa quando és tu quem está errado, quando és tu que me magoas diariamente, quando me fizeste o que fizeste e sem quaisquer remorsos, vives bem. Admiro-te por isso, mas ao mesmo tempo repugno a pessoa em que te tornaste. Tu não eras assim meu miúdo. Sim, meu miúdo. Eras e serás o meu miúdo, o único que me salvou, que me fez mais mal que bem, mas que eu sempre, sempre defendi e a quem eu sempre, mas sempre dei o melhor de mim. Se calhar foi esse o problema, tentar fazer com que gostasses de mim como sou, mesmo sabendo que nunca ninguém gosta de mim. Se calhar o problema está em mim, mas tu agiste tão mal, foste tão rude, tão sem modos, não sei explicar...
O incrível é que a minha mãe pergunta por ti todas as semanas, "então como vai ele? No verão eram tão amigos, que se passa?" - e eu esforço-me tanto para não chorar, invento qualquer coisa, mas a verdade é que nem eu sei o que se passou. Que estás perto mas tão,tão longe! Quero abraçar-te, quero ser aquela pessoa em quem tu pensas quando ouves AM ou Alt-j, porque eu lembro-me sempre de ti. Sabes que um dia isto passará, há dias em que o meu coração diz que tu continuas a ser importante, que devia lutar e noutros que tenho a certeza que não mereces nem nunca mereceste nada do que eu fiz. Dei-te demasiada importância e depois do que passamos, era de esperar, mas se calhar para ti foi como se uma desculpa para desistir de mim, da nossa amizade, do inexplicável que sentia quando estava contigo.
Por fim, e em tom de conclusão, quero dizer que mesmo sabendo que nunca irás ler isto, vais continuar sempre presente, que penso em ti e que guardo de ti o melhor que foste e que exprimo aqui o que te tornaste para não ficar com isso em mim, não gosto nem quero ter isso presente. Sê muito, mas muito feliz. Luta pelo o que queres. Vive. Aproveita. E nunca te esqueças do verão. De mim. De nós. Estarei aqui para o que eventualmente precisares, mesmo que nunca mais recorras a mim. Obrigada pelas memórias. Obrigada. Volta rápido.

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